Resumen: El artículo discute la articulación entre salud mental, prácticas económicas solidarias y producción de arte y cultura, desde la perspectiva de las potencialidades que presenta tal complejidad. El arte es tanto un vehículo para promover una subjetividad más autónoma como para generar valor económico para los usuarios. Se observó, a través de una investigación cualitativa de inspiración etnográfica, el significativo poder de mediación relacional que tuvo la producción artístico-cultural en los emprendimientos económicos solidarios investigados, sirviendo también como elemento de politización, participación y ocupación de la ciudad.

Abstract: The article approaches the articulation between mental health, solidary economic practices and the production of culture and the arts, in the perspective of the potentialities that such complexity presents. Art is both a vehicle for promoting a more autonomous subjectivity, as for generating economic value to the users. It was observed, through ethnographic qualitative research, the significant power of relational mediation that artistic-cultural production had in the researched enterprises, also serving as an element of politicization, participation and occupation of the city.

Resumo: O artigo aborda a articulação entre a saúde mental, as práticas econômicas solidárias e a produção de arte e cultura, na perspectiva das potencialidades que tal complexidade apresenta. A arte é tanto veículo para a promoção de uma subjetividade mais autônoma, como para gerar valor econômico para os usuários. Observou-se, através de pesquisa qualitativa de inspiração etnográfica, o significativo poder de mediação relacional que tinha a produção artístico-cultural nos empreendimentos econômicos solidários pesquisados, servindo também como elemento de politização, participação e ocupação da cidade.

O artigo apresenta um entendimento dos empreendimentos econômicos solidários a partir da realidade multiforme da economia solidária no Brasil. Trata-se de um conjunto variado de iniciativas ainda em busca de identidade institucional e de um arcabouço jurídico condizente, que não cabem no cooperativismo tradicional nem no chamado terceiro setor. Valendo-se de um conjunto de estudos já conduzidos, tanto em termos de conceituação e formulação tipológica como de desenho etnográfico, o texto reflete sobre a configuração plural dos empreendimentos solidários, analisando diferentes atores sociais em foco, urbanos, rurais e tradicionais, procurando demonstrar a diversidade cultural e simbólica ali existente, bem como suas múltiplas origens e desafios atuais, a exemplo da busca de um marco legal específico para o campo.

This article presents a comprehension of solidarity economic projects from the multiform reality of solidarity economy in Brazil. This article is a varied set of initiatives still seeking institutional identity and a proper legal framework, since they do not fit into traditional cooperativism or the so-called third sector. Using a set of studies conducted both in terms of conceptualization and of typological formulation such as ethnographic design, this study discusses the plural configuration of solidarity projects, analyzing different social actors in focus, such as urban, rural and traditional environments. It tries to demonstrate the cultural and symbolic diversity that exist, as well as its multiple origins and current challenges, as an example of the search for a specific legal milestone for the field.

L’article présente une compréhension des entreprises économiques solidaires à partir de la réalité multiforme de l’économie solidaire au Brésil. Il s’agit d’un ensemble varié d’initiatives qui est encore à la recherche d’une identité institutionnelle et d’une ébauche juridique adaptée qui n’entre pas dans la conception de coopérativisme traditionnel ni dans le dit troisième secteur. En se basant sur un ensemble d’études déjà réalisées, autant en termes de conceptualisation et de formulation typologique que de dessin etnographique, le texte montre la configuration plurielle des entreprises solidaires en analysant les divers acteurs sociaux mis en évidence, urbains, ruraux et traditionnels et essaie de démontrer la diversité culturelle et symbolique existante ainsi que leurs origines multiples et leurs défis actuels, tel que par exemple la recherche d’un label légal spécifique pour le monde rural.